Microsserviços: o que é, como fazer e por onde começar?

Tempo de Leitura: 4 minutos

Nesse artigo explicamos passo a passo o que é, e como funciona na prática um projeto de desenvolvimento de software utilizando arquitetura de microsserviços.


Embora tenha ganhado cada vez mais espaço nos debates acerca das inovações em TI, o termo “microsserviços” ainda causa muita confusão, mesmo entre profissionais.

Com o intuito de falar mais sobre esse assunto, explicamos o que é e como funcionam os microsserviços. Se você quer entender esse assunto de uma vez por todas, não deixe de ler esse artigo!

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Afinal, o que são microsserviços?

Antes de qualquer coisa, devemos começar explicando esse conceito da maneira mais clara possível.

Em linhas gerais, podemos dizer que os microsserviços é uma nova arquitetura de software para o desenvolvimento de aplicações.

“Nessa nova abordagem, cada pedaço de uma determinada aplicação é feito de maneira independente. Nesse caso o software é construído em partes específicas, que se comunicam entre si.”

Dito de outro modo, as aplicações são desmembradas em partes mínimas, as quais podem ser executadas como serviços.

Dessa forma, é possível implantar e atualizar partes específicas de uma aplicação muito mais facilmente do que no caso de aplicações com arquiteturas monolíticas.

De fato, as partes, ou serviços, que integram uma aplicação com arquitetura monolítica são dependentes umas das outras.

Essa dependência dificulta as alterações e atualizações, haja vista que mudanças em partes específicas podem comprometer o funcionamento de outros serviços.

Isso não ocorre com os microsserviços, os quais possibilitam a construção de aplicações facilmente escaláveis e mais leves.

Por isso, esse tipo de arquitetura vem ganhando cada vez mais espaço no mercado de TI.

Já fizemos inclusive uma live em nosso canal do Youtube, debatendo as diferenças entre aplicações com arquitetura de Microsserviço vs Monólito. Vale a pena assistir, pois o conteúdo ficou incrível. Segue o vídeo abaixo:

Microsserviço vs Monólito | Por onde começar?

No tópico a seguir, indicamos algumas das principais vantagens da arquitetura de microsserviços.

As vantagens da arquitetura de microsserviços

Escalabilidade

Os microsserviços possibilitam a adição ou modificação de serviços aos sistemas sem comprometer seu funcionamento. Isso porque, nessa arquitetura, as partes são independentes entre si, embora trabalhem em conjunto.

Mais facilidade na atualização de aplicações

Com a adoção da arquitetura de microsserviços, torna-se muito mais simples fazer a atualização dos sistemas ou a implantação de novos serviços, sem correr o risco de gerar conflitos no interior da aplicação.

Mais agilidade nos processos de modificação de aplicações

Os microsserviços são leves, o que torna os processos de implantação ou modificação, como turn down e uploads, muito mais ágeis.

O melhor gerenciamento das partes isoladas de uma arquitetura de microsserviços é, em grande parte, propiciado pelo Kubernetes.

Facilidade na construção de sistemas

É muito mais fácil criar uma aplicação em partes mínimas e uni-las depois do que a construir em um único bloco. Aliás, podemos afirmar que simplificar a construção dos sistemas é uma das finalidades da arquitetura de microsserviços.

Possibilidade de uso de tecnologias distintas

Por ter partes independentes entre si, a arquitetura de microsserviços possibilita o desenvolvimento de suas partes com linguagens de programação diferentes, sem criar nenhum tipo de conflito entre elas.

Aplicações mais eficientes

Aplicações construídas com a utilização dos microsserviços possibilitam o constante aprimoramento de suas partes, visando o atendimento de demandas específicas. Ou seja, elas são muito mais eficientes e focadas em resultados.

Entendendo a comunicação entre microsserviços

Agora que você já sabe o que são e quais as vantagens dos microsserviços, podemos explicar como eles se comunicam entre si. Mas qual é a importância disso?

Embora os microsserviços possam propiciar todas as vantagens que mencionamos anteriormente, o desenvolvimento de uma arquitetura eficiente pode ir por água abaixo caso a comunicação entre suas partes seja ineficiente.

No caso de uma arquitetura de microsserviços, é fundamental que as partes mantenham a independência entre si. Ou seja, a acoplagem entre os serviços não deve ser precisa.

Atualmente, existem pelo menos três formas de possibilitar uma comunicação realmente eficiente entre os microsserviços, que leve em consideração as especificidades dessas arquiteturas. Abaixo, indicamos quais são elas.

Três formas de comunicação em arquitetura de microsserviços

HTTP

A comunicação entre serviços por meio de HTTP permite que as partes de um mesmo sistema se comuniquem entre si diretamente, seja com um acoplamento mais completo (HTTP síncrona) ou mais fraco (HTTP assíncrona).

Comunicação orientada a eventos

Nesse tipo de comunicação, o acoplamento entre serviços é mínimo e a comunicação se estabelece por meio de eventos produzidos por serviços distintos.

Comunicação por mensagens

Ao contrário do que ocorre no caso da comunicação HTTP, a comunicação por mensagens não ocorre diretamente entre os serviços.

Nesse caso, a comunicação ocorre por meio de um intermediário, para o qual os serviços enviam suas mensagens.

Quando usar os microsserviços?

À essa altura, você já deve estar convencido de que a utilização da arquitetura de microsserviços pode trazer muitos benefícios para seu projeto. Mas, afinal, em que situações é mais recomendada a utilização desse conceito?

Geralmente, a adoção desse tipo de arquitetura é justificável em projetos com alto nível de complexidade.

De fato, construir uma aplicação por meio de microsserviços possibilita o desenvolvimento ou aperfeiçoamento de diversas partes da aplicação ao mesmo tempo.

Várias equipes ou profissionais podem focar em serviços distintos, agilizando a entrega mesmo dos sistemas mais complexos.

Ademais, os microsserviços propiciam um maior controle de qualidade da solução desenvolvida.

Isso porque, em casos de possíveis problemas ou insatisfações dos usuários, é possível fazer modificações e atualizações das partes de maneira simplificada, sem pôr em xeque o funcionamento do sistema.

“Com certeza, poder se concentrar nos possíveis “gargalos” causados por serviços específicos é muito menos oneroso do que ter que desenvolver aplicações mais robustas.”

Além do que, devemos levar em consideração que modificações no interior de arquiteturas monolíticas podem causar instabilidade nos sistemas, impedindo o funcionamento por parte dos usuários.

Por todos esses motivos, os microsserviços é a maneira mais indicada de trabalhar com projetos personalizados e de maior grau de complexidade. Inclusive, entre os nossos cases de sucesso utilizando a arquitetura de microsserviços, temos o Olimpo, o nosso novo emissor de documentos fiscais eletrônicos.

Mais agilidade e eficiência com a arquitetura de microsserviços

Como você mesmo pôde concluir a partir da leitura desse artigo, esse tipo de arquitetura facilita tanto no desenvolvimento quanto no aperfeiçoamento de aplicações, permitindo a criação de softwares escaláveis e muito mais eficientes.

Por isso, os microsserviços ganham mais espaço a cada dia entre os desenvolvedores. De fato, o uso de arquiteturas monolíticas pode estar com os dias contados.

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Geison Durães
Geison Durães
Formado em Comunicação em Multimeios. Analista de Marketing da TecnoSpeed, focado em produção de conteúdos para mídias digitais.

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