Gestão de desenvolvedores no Home Office: Conheça o caso prático da TecnoSpeed

Tempo de Leitura: 4 minutos

Gestão de desenvolvedores no home office: descubra como indicadores, cultura de entrega e liderança são essenciais para equipes remotas.


Por que algumas empresas conseguem escalar o modelo remoto e outras tropeçam? Essa pergunta tem tirado o sono de muitos gestores, especialmente quando o assunto é gestão de desenvolvedores no ambiente home office.

A resposta pode surpreender você: não é uma questão de tecnologia ou ferramentas. É sobre processos, indicadores e uma mudança cultural que vai muito além do óbvio.

A TecnoSpeed descobriu isso na prática. Desde antes da pandemia, a empresa já testava o home office, mas foi a partir de 2020 que consolidou de vez o modelo Remote First. 

Se você quer entender como uma empresa de tecnologia transformou desafios remotos em resultados extraordinários – e como aplicar essas lições no seu negócio – continue lendo.

O mito que precisa ser derrubado na gestão de desenvolvedores

“Home office mata a produtividade.” Quantas vezes você já ouviu essa frase?

Essa afirmação esconde um pressuposto perigoso: a ideia de que presença física garante desempenho. Spoiler alert: não garante.

Na prática, o que determina resultados é a visibilidade sobre o que realmente importa. E isso depende de como sua empresa mede, acompanha e atua sobre o desempenho dos desenvolvedores.

A questão central não é onde seus devs estão trabalhando. É como você está medindo o trabalho deles.

Imagem escura promovendo o evento TecnoUpdate com blocos em azul-petróleo e branco: "Essencial para Software Houses". Os destaques incluem a gestão de desenvolvedores no Home Office, as principais figuras da tecnologia presentes, as datas do evento (7 e 8 de outubro) e o local (São Paulo).

Gestão de desenvolvedores: quais indicadores realmente importam?

Uma das principais lições do modelo remoto é que medir produtividade pelo número de horas ou linhas de código é ineficaz. Esses indicadores são frágeis e não capturam o valor real entregue ao cliente.

A TecnoSpeed redesenhou sua forma de medir desempenho com a criação do TecnoKanban e do Indicador de Entrega de Valor, que divide o tempo dos desenvolvedores em três categorias:

  • Entrega de valor: tempo dedicado a novas funcionalidades.
  • Carga de gestão: reuniões, cerimônias e burocracias.
  • Carga de falhas: retrabalho e correção de bugs.

Essa classificação trouxe clareza sobre onde o tempo dos times estava sendo investido e mostrou que a queda de produtividade não estava ligada ao home office, mas sim à forma como os processos eram conduzidos.

“A gente viu que a produtividade estava baixa — mas não por causa do home office. Os indicadores só revelaram o que precisava ser corrigido.” – Rodrigo Ramalho, CTO da TecnoSpeed.

Métricas de equipe: o verdadeiro termômetro da gestão de desenvolvedores

Outro erro comum na gestão de desenvolvedores é focar apenas em métricas individuais. Embora o desempenho pessoal seja relevante, é o resultado coletivo que determina a sustentabilidade do time.

Por isso, as métricas centrais adotadas pela TecnoSpeed foram:

  • Lead Time: Tempo total para entregar valor ao cliente. Desde a concepção da ideia até a funcionalidade em produção.
  • Throughput: Volume de entregas por período. Quantas funcionalidades sua equipe consegue entregar consistentemente?
  • Estabilidade do Time: Consistência da entrega ao longo do tempo. Sua equipe mantém um ritmo sustentável?

Esses dados permitem ações estratégicas sem cair na armadilha de “controlar pessoas”, mas sim de aprimorar fluxos de trabalho e colaboração entre equipes.

Cultura de entrega: números sozinhos não bastam

Se por um lado indicadores fortes são essenciais, por outro, eles não fazem sentido sem uma cultura de entrega sólida.

Na prática, isso significa que a gestão de desenvolvedores precisa equilibrar métricas com relações humanas. O acompanhamento individual contínuo se tornou uma peça-chave na TecnoSpeed. Conversas frequentes entre líderes e desenvolvedores ajudam a identificar:

  • Insatisfações não verbalizadas.
  • Sinais de desmotivação.
  • Problemas pessoais que impactam no desempenho.
  • Desalinhamento com os objetivos do time ou ou baixa conexão com a equipe.

Esse contato frequente permite atuar antes da crise. Você alinha expectativas, reforça propósito e trabalha motivações individuais.

Os pilares da cultura de entrega

A TecnoSpeed aprendeu que a base para sustentar o modelo remoto é investir em valores organizacionais claros e vividos na prática:

  • Confiança: Base para autonomia e responsabilidade compartilhada.
  • Colaboração: Trabalho em equipe mesmo à distância.
  • Proatividade: Iniciativa para resolver problemas sem esperar ordens.
  • Conhecimento: Compartilhamento contínuo de aprendizados.

Essa cultura se manifesta através de:

  • Feedbacks frequentes e honestos.
  • Clareza sobre o impacto do trabalho na jornada do cliente.
  • Autonomia para tomada de decisões técnicas.
  • Reconhecimento baseado em resultados, não em tempo online.

O valor da liderança na gestão de desenvolvedores remotos

A liderança em times remotos ganha ainda mais protagonismo. E não se trata de vigiar, mas de inspirar, alinhar e criar um ambiente de confiança.

Na TecnoSpeed, os líderes passaram a atuar como facilitadores da entrega:

  • Refinando processos para que os desenvolvedores passem mais tempo em atividades de valor.
  • Promovendo feedbacks constantes, que ajudam a alinhar expectativas e fortalecer a confiança.
  • Fortalecendo a autonomia, para que cada dev compreenda o impacto direto de sua entrega na jornada do cliente.

A liderança, nesse modelo, deixa de ser apenas operacional e passa a ser estratégica: criar clareza, dar direcionamento e proteger o tempo de foco dos times.

Processos que funcionam na gestão de desenvolvedores

Processos tradicionais como Scrum nem sempre se adaptam bem ao remoto. Reuniões extensas, baixa visibilidade de fluxo e tempo de espera entre etapas podem ser gargalos significativos.

A solução? Criar processos customizados para sua realidade. Algumas características de processos eficientes são:

  • Visibilidade total: Todos sabem o status de tudo.
  • Fluxo contínuo: Menos espera, mais entrega.
  • Cerimônias enxutas: Só o que agrega valor.
  • Autonomia técnica: Devs decidem como implementar.

Home office é sobre maturidade, não sobre controle

A experiência da TecnoSpeed mostra que a gestão de desenvolvedores no home office não é sobre controlar telas, reuniões ou horas. É sobre construir confiança baseada em dados, processos e propósito.

Com indicadores inteligentes, uma cultura de entrega forte e liderança próxima, o modelo remoto não só é viável, como pode ser um motor de inovação e crescimento.

“Queremos dedicar o máximo do tempo do desenvolvedor para criar novas funcionalidades que cheguem ao cliente. E é isso que importa no fim do dia.” – Rodrigo Ramalho.

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Gabriela Grillo
Gabriela Grillo
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Analista de Marketing da TecnoSpeed.

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