Já se perguntou se o certificado A1 e o A3 são a mesma coisa? A gente esclarece tudo sobre e te explica porque indicar essa tecnologia ao seu cliente!
Os certificados digitais são uma tecnologia que está crescendo amplamente nos últimos anos, mas que ainda geram muitas dúvidas. Uma das principais talvez seja: qual a diferença entre o certificado A1 e A3?
Bom, essa questão é exatamente o tema deste artigo aqui e nas próximas linhas nós vamos passar por todas as questões relacionadas a esses dois modelos de certificação e esperamos tirar essa dúvida da sua lista de uma vez por todas!
Então, venha com a gente descobrir o que, afinal, são os tipos de certificado digital A1 e A3, as suas diferenças, vantagens, desvantagens e detalhes técnicos e práticos, além de o porquê pode ser interessante indicar esse tipo de recurso para os seus clientes.
O que são os tipos de Certificado digital A1 e A3?
Tanto o certificado A1 quanto o certificado A3 fazem parte do grupo de certificações de assinatura digital – é daí que vem o “A” no nome dos dois modelos!
Sendo assim, ambos têm aplicações parecidas e compartilham da mesma finalidade: autenticar operações e documentos de forma digital/eletrônica, substituindo a identificação e validação jurídica concedida pelas assinaturas de próprio punho e presenciais.
Através de tecnologias de biometria digital, chaves criptográficas e da cadeia estrutural complexa e regulamentações da ICP-Brasil, os certificados do tipo A permitem assinar contratos, procurações, prescrições, atestados, laudos, diplomas e outros documentos de forma muito mais rápida, prática e segura.
E também, servem para validar operações digitais que precisem dessa identificação e garantia de quem é o autor de determinada ação, como o acesso aos sistemas públicos da Receita Federal e a autenticação de uma Declaração Fiscal ou Nota Fiscal Eletrônica.
Principais diferenças
Apesar de irmãos, os certificados A1 e A3 têm suas diferenças. A maior delas está ligada ao formato que cada modelo possui. O A1 tem formato eletrônico e deve ser instalado no dispositivo para seu uso e armazenamento. Já o A3 tem formato físico e pode vir armazenado em um token USB e ou um cartão chipado.
Outra diferença está ligada ao prazo de validade dos dois certificados. Ainda que isso possa variar de certificadora para certificadora, em geral, o certificado A1 tem validade de 1 ano enquanto o modelo de certificação A3 costuma ser válido por 3 anos. As diferenças de formato e validade geram outra diferença: o custo dos dois. O A3 é mais caro que o A1.
Por fim, a última diferença que existe entre o A1 e o A3 é mais substancial, relacionada às aplicações dos certificados em si. Alguns sistemas e serviços têm configurações específicas que pedem ou funcionam melhor com um tipo ou outro.
É o caso, por exemplo, do acesso aos sistemas do TST (e-DOC) e da assinatura de prontuários eletrônicos, que exigem o tipo A3; ou dos softwares web de emissão de notas fiscais que requerem instalação em nuvem, que só é possível com o A1.
Além disso, dependendo do porte ou do setor da empresa um modelo pode ser mais adequado e vantajoso. O A3 pode ser mais econômico para algumas organizações, mas não é tão viável e flexível quanto o A1 para a emissão de uma grande quantidade de documentos fiscais, como acontece no varejo em larga escala.
Cada caso é um caso e é preciso analisar as particularidades do negócio para definir qual a melhor opção. E claro, quem tem necessidade dos dois tipos pode adquirir ambos os modelos, sem problemas.
Certificado A1: tudo o que você precisa saber
Falando mais detalhadamente sobre o certificado digital A1, ele consiste em um arquivo digital de extensão .PFX ou .P12. Por não existir fisicamente, esse tipo de certificação precisa ser instalada e armazenada nos dispositivos em que se pretende usar os recursos de assinatura e autenticação.
A grande vantagem desse formato eletrônico é que ele pode ser instalado em diferentes dispositivos que o titular ou responsável pela certificação queira, como notebooks, tablets e smartphones, permitindo seu uso de várias plataformas e lugares. Isso também ajuda em termos de segurança, pois não há o risco do certificado ser fisicamente roubado, danificado ou perdido.
Outras vantagens do certificado A1, são que ele dá match com grandes demandas de emissão ao estarem sempre disponíveis para o sistema e que ele permite backup, evitando perdas de dados mesmo quando os dispositivos em que ele se encontra instalado são formatados ou apresentam problemas.
O lado ruim desse modelo é que seu prazo de validade é de apenas 1 ano e ele precisa ser renovado anualmente; e que, geralmente, o valor de 3 certificados A1 fica mais caro do que um certificado A3 com duração de 3 anos. Tirando isso, a instalação é bem simples e seu uso bastante amplo e versátil!
Certificado A3: tudo que você precisa saber
O certificado A3 tem um nível mais avançado de segurança devido à limitação de uso ao dispositivo em que o certificado está conectado, afinal, por ser físico, o A3 pode ser usado apenas em um computador ou celular por vez e exige senha para a sua liberação.
É exatamente por isso que ele é o formato mais indicado para dados mais sensíveis e profissionais liberais, que utilizarão a certificação de forma mais “pessoal” do que os certificados que têm empresas como titulares.
Os formatos de mídia estabelecidos para a emissão e armazenamento do certificado A3 são dois: token, um artefato USB semelhante a um pendrive; e smartcard, um cartão plástico com chip, lido através de hardware específico.
Além da segurança, por não poder ser transferido ou copiado, o modelo tem validade de até 3 anos e, portanto, pode representar uma economia para quem o adquire. No entanto, as desvantagens são que ele pode ser perdido, roubado ou danificado, é menos flexível e pode exigir configurações e periféricos de leitura específicos para ser utilizado.
Por que indicar certificado digital para os clientes?
Com os certificados digitais é muito mais seguro assinar documentos, contando com a tecnologia como aliada no processo e eliminando as chances e casos de fraudes até mesmo bancárias.
Além disso, as certificações permitem economizar com os gastos de reconhecimento de firma, impressão ou deslocamento; facilitam, agilizam e expandem os limites do processo de assinatura; e trazem uma enorme comodidade e redução de erros.
E como se isso não bastasse, o certificado está sendo aplicado como solução autenticadora em cada vez mais obrigações fiscais, tributárias e trabalhistas, e serviços governamentais. Difícil mesmo seria listar os motivos para você não indicar o certificado digital para os seus clientes!
Quer saber mais sobre as oportunidades que as certificações podem trazer para a sua software house.
Confira 5 dicas para impulsionar o seu negócio com Certificado digital!!
Uma coisa é certa: investir nessa tecnologia pode facilitar, e muito, a vida dos seus clientes e elevar o nível das entregas e valor no mercado.
2 Comments
Sou MEI, e preciso ver as notas que foram enviadas para o meu CNPJ, pelo que pesquisei tenho que ter um certificado digital, é isso mesmo? E qualquer um dos dois serve para esse caso?
Obrigado.
Olá Adriano, tudo bom? Sim, você precisará do certificado digital para esta operação, além também de contar com um software que tenha este recurso integrado aos servidores do governo. Quanto ao tipo de certificado, sugiro você confirmar com a empresa que cria o software que você utiliza.