Open Banking e Open Finance: entenda a diferença e como funciona esse ecossistema!

Tempo de Leitura: 4 minutos

Open Banking e Open Finance: descubra as diferenças entre os conceitos, oportunidades para software houses e integrações via API.


Open Banking e Open Finance fazem parte da evolução do sistema financeiro e da infraestrutura de dados. Quem entende essa transformação, cria produtos melhores. Quem ignora, fica preso em integrações manuais, OFX, CNAB e processos que já nasceram obsoletos. Mas afinal, qual é a diferença entre Open Banking e Open Finance?

Neste artigo, você vai entender de forma clara e estratégica as diferenças entre Open Banking e Open Finance, os impactos para sistemas, o cenário de mercado no Brasil e como isso abre portas para novas fontes de receita via APIs financeiras.

Banner da Plugbank destaca integração de extratos via Open Banking e Open Finance. Exibe notebook, moedas e gráficos, enfatizando a integração bancária sem VAN e OFX. Inclui o botão "Saiba mais!".

O que é Open Banking?

O Open Banking é a primeira fase da revolução financeira aberta no Brasil. Ele estabelece que os dados bancários pertencem ao cliente, não ao banco, e podem ser compartilhados de forma segura, mediante consentimento.

Com o Open Banking, instituições financeiras passaram a permitir que sistemas externos acessem:

  • Informações de contas bancárias.
  • Histórico de transações.
  • Saldos.
  • Iniciação de pagamentos.

Isso abriu caminho para integrações via API que substituem processos manuais e demorados, como importação de arquivos OFX ou solicitações bancárias via VAN. No entanto, o escopo ainda estava limitado ao “mundo bancário”.

O que é Open Finance?

O Open Finance é a evolução natural do Open Banking. Ele amplia o acesso não só aos dados bancários, mas a todo o ecossistema financeiro, incluindo:

  • Investimentos.
  • Seguros.
  • Previdência.
  • Câmbio.
  • Empréstimos e crédito.
  • Consórcios.

Com o Open Finance, uma software house pode criar experiências completas de gestão financeira dentro do ERP, indo além da simples conciliação. É possível oferecer crédito, prever fluxo de caixa, avaliar riscos e personalizar serviços financeiros com base em dados reais do cliente.

Principais diferenças entre Open Banking e Open Finance

Vamos direto ao ponto. Aqui está o que realmente diferencia os dois sistemas:

Aspecto Open Banking Open Finance
Escopo Somente bancos e pagamentos Todo o mercado financeiro
Dados disponíveis Saldo, extratos, transações Investimentos, seguros, previdência, câmbio
Foco inicial Compartilhamento de dados bancários Serviços financeiros integrados e personalizados
Adoção em ERP Conciliação bancária e pagamentos Gestão financeira completa e novos serviços
Potencial de negócio Moderado Altíssimo (novas fontes de receita)

Por que essas diferenças importam para software houses e fintechs?

Enquanto o Open Banking permitiu acesso a dados, o Open Finance permite criar e oferecer soluções financeiras integradas.

Para software houses, a diferença entre Open Banking e Open Finance não é apenas técnica, mas também estratégica. Estamos falando da chance de transformar o ERP em uma plataforma financeira, com recursos que geram valor recorrente e novos modelos de monetização.

Imagine oferecer ao seu cliente:

  • Extrato bancário automático direto no ERP.
  • Conciliação em tempo real.
  • Prevenção de fraudes via dados financeiros.
  • Análise de crédito e oferta de capital de giro.
  • Pagamentos integrados, sem CNAB ou arquivos.

Tudo isso já é possível na prática. Um exemplo claro é a API de Extrato via Open Finance da TecnoSpeed, que conecta sistemas diretamente às instituições financeiras. O cliente autoriza uma única vez e o ERP passa a receber extratos atualizados automaticamente, eliminando a necessidade de arquivos OFX ou integrações manuais. 

Esse tipo de recurso mostra o verdadeiro potencial do Open Finance: integrar o mundo bancário ao dia a dia da gestão empresarial.

Essa é a virada de chave. O Open Finance é sobre transformar o software em um hub financeiro inteligente, capaz de oferecer soluções completas dentro do próprio sistema.

O crescimento do mercado no Brasil

O Brasil é hoje um dos países mais avançados do mundo em Open Finance. O mercado de Open Banking e Open Finance vem apresentando uma expansão acelerada nos últimos anos e já movimenta cifras expressivas. Em 2024, o setor gerou aproximadamente US$ 767,7 milhões em receita, e as projeções indicam que esse número deve crescer a uma taxa composta anual de 30% entre 2025 e 2030, atingindo cerca de US$ 3 bilhões e 655 milhões até 2030. Fonte

O segmento de pagamentos é o que mais impulsiona esse avanço, consolidando o Brasil como líder em Open Finance na América Latina. Essa expansão é resultado direto da digitalização financeira e da adoção de APIs que simplificam a conexão entre instituições, empresas e usuários. 

Segundo informações do Banco Central, o Open Finance já conta com mais de 42 milhões de consumidores que consentiram o compartilhamento de dados financeiros em 2024. A maturidade do ecossistema brasileiro atingiu 77%, um índice comparável aos mercados pioneiros como o Reino Unido e a Austrália. 

E de acordo com a Strategy& (PwC Brasil), o uso do Open Finance pode gerar até R$ 42 bilhões em novos negócios até 2026 no setor financeiro. Ou seja, oportunidades que podem ser exploradas por software houses, fintechs e ERPs que integrem essas tecnologias às suas soluções.

O papel das APIs neste cenário

No Open Finance, as APIs são o elo que conecta tudo. O que antes dependia de processos manuais agora é resolvido por integrações diretas entre bancos e sistemas. Elas viabilizam a troca de dados financeiros com segurança, velocidade e padronização, criando novas possibilidades de negócio para software houses.

Com uma API pronta para uso, como a API de Extratos via Open Finance da TecnoSpeed, a software house não precisa lidar com complexidades bancárias, apenas incorporar o serviço e entregar uma experiência completa ao usuário final. Entre os principais ganhos estão:

  • Integração instantânea com múltiplos bancos, sem necessidade de VAN ou arquivos OFX.
  • Atualização automática de extratos e movimentações, com dados em tempo real.
  • Mais valor para o ERP, que passa a oferecer recursos financeiros nativos.
  • Redução de custos e tempo de desenvolvimento, com infraestrutura pronta e segura.

Integre a API de Extrato via Open Finance

Perguntas frequentes 

1. Open Banking ainda existe no Brasil?

O termo “Open Banking” foi substituído oficialmente por “Open Finance” em 2021, mas a funcionalidade bancária continua existindo dentro do ecossistema maior do Open Finance.

2. Open Finance vai substituir o Open Banking?

Sim. Open Banking foi a primeira etapa. O Open Finance é a fase mais ampla, que engloba todos os setores financeiros além dos bancos.

3. É obrigatório que todas as instituições financeiras participem do Open Finance?

Bancos, fintechs de pagamento, seguradoras, corretoras e outras instituições financeiras são obrigadas a participar conforme as fases de implementação estabelecidas pelo Bacen.

4. É seguro compartilhar dados via Open Banking e Open Finance?

Sim. Tudo é feito mediante consentimento e com protocolos de segurança como OAuth, OpenID e criptografia padronizada pelo Banco Central.

5. O que uma software house pode criar com Open Finance?

Conciliação automática, dashboards financeiros, análise de crédito, gestão de caixa, oferta de crédito, split de pagamentos, entre outras soluções dentro do ERP.

6. Por que integrar a API de Open Finance da TecnoSpeed?

A API de Open Finance da TecnoSpeed elimina a complexidade técnica das integrações bancárias e entrega uma solução pronta, segura e escalável. Permitindo, assim, que sua software house ofereça experiências financeiras completas dentro do ERP.

Gabriela Grillo
Gabriela Grillo
Formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Analista de Marketing da TecnoSpeed.

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