NFS-e Nacional entra em nova fase com IBS e CBS no ambiente de testes

Uma mulher de óculos trabalha em uma mesa com papéis e um lápis. Um grande ícone de computação em nuvem da NFS-e Nacional com IBS e CBS está sobreposto no lado esquerdo. Ela parece concentrada e pensativa em um ambiente de escritório bem iluminado.
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NFS-e Nacional com IBS e CBS entra em nova fase com ambiente de testes. Veja o que muda nos layouts, validações, prazos e como preparar seu sistema para 2026.

Em 10 de dezembro de 2025, foi disponibilizado o ambiente de teste restrito da Nota Fiscal de Serviço Nacional (NFS-e), que passa a contemplar os dados de IBS e CBS, em atendimento às exigências da Reforma Tributária do Consumo (RTC).

Essa liberação marca um avanço importante na consolidação da NFS-e Nacional com IBS e CBS, permitindo que software houses e desenvolvedores iniciem a fase prática de adaptação de seus sistemas emissores ao novo modelo tributário para serviços.

Até então, os esforços estiveram concentrados na consolidação do modelo nacional de serviços e na liberação de setembro de 2025, voltada a acomodar as particularidades municipais. Com essa etapa superada, o foco passa a ser a preparação técnica para o IBS e a CBS no contexto da NFS-e.

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O que muda nos ambientes da NFS-e Nacional com IBS/CBS

O cenário atual passa a conviver com dois contextos distintos.

No ambiente de produção, nada muda por enquanto. Ele continua tratando exclusivamente do ISS, utilizando o leiaute tradicional do Anexo I, sem informações relacionadas ao IBS ou à CBS. Esse ambiente segue sendo utilizado normalmente pelas operações em produção.

Já o ambiente de teste restrito passa a incorporar, além dos dados de ISS, os campos relacionados ao IBS e à CBS, conforme definido na Nota Técnica SE/CGNFS-e nº 004 – Versão 2, publicada em dezembro de 2025. É nesse ambiente que as software houses devem concentrar seus testes e validações iniciais relacionadas à NFS-e Nacional com IBS/CBS.

Além disso, foram publicadas minutas de leiaute sem ambiente de teste que antecipam evoluções futuras da NFS-e Nacional, como a utilização do documento para operações de locação e cessão de direitos, com emissão direta no Ambiente de Dados Nacional (ADN), sem intermediação municipal, por não se tratar de incidência de ISS.

Simplificação do cálculo tributário

Apesar do cenário desafiador, a implementação do IBS e da CBS na NFS-e foi estruturada para reduzir a complexidade para quem desenvolve sistemas fiscais.

Isso acontece porque o cálculo dos tributos é realizado pela calculadora centralizada da RTC, e não diretamente no ERP. A emissão da NFS-e segue um modelo centralizado, no qual o sistema do contribuinte envia apenas a Declaração de Prestação de Serviços (DPS), contendo informações essenciais como:

  • Situação Tributária (CST);
  • Classificação Tributária (cClassTrib);
  • Indicador de Operação (cIndOp).

A partir desse envio, o próprio serviço nacional da NFS-e valida os dados, monta a base de cálculo, calcula o IBS e a CBS, gera o XML e autoriza o documento.

Na prática, esse modelo simplifica a adoção da NFS-e Nacional com IBS CBS, pois reduz a necessidade de lógica tributária complexa no sistema emissor. O esforço das software houses passa a se concentrar em integração, layout e conformidade técnica.

Desligamento das regras de validação de obrigatoriedade dos grupos “IBSCBS”

A Nota Técnica SE/CGNFS-e nº 004 – Versão 2, publicada em 10 de dezembro de 2025, trouxe uma alteração técnica relevante: o desligamento das regras de validação de obrigatoriedade dos grupos “IBSCBS”.

Na prática, isso significa que, nos ambientes de teste e produção, a ausência desses grupos não impedirá a autorização da NFS-e no início de 2026. Os documentos serão recepcionados normalmente pelo Ambiente de Dados Nacional (ADN).

É importante destacar que essa flexibilização é exclusivamente técnica. A Lei Complementar nº 214/2025 permanece válida e determina que, a partir de 1º de janeiro de 2026, os contribuintes do regime normal devem informar os dados de IBS e CBS nos documentos fiscais eletrônicos, inclusive na NFS-e.

Ou seja, não haverá rejeição no momento da emissão, mas a obrigação legal permanece, e o descumprimento pode gerar penalidades.

Os desafios da implementação

A implementação do IBS e da CBS para serviços é considerada mais complexa do que para mercadorias. A própria Lei Complementar nº 214/2025, especialmente em seu artigo 11, exige a análise de múltiplos critérios para definir o local da operação, o que impacta diretamente a modelagem técnica dos sistemas emissores.

A liberação do ambiente de testes da NFS-e Nacional com IBS e CBS é resultado de um esforço concentrado do Comitê Gestor da NFS-e e do SERPRO, que, após atender às demandas municipais, redirecionaram seus trabalhos para a RTC.

O desafio, no entanto, está no prazo. O intervalo entre a publicação da Nota Técnica 004 versão 2.0 e com ambiente de teste restrito, em dezembro de 2025, já com o início de 2026 é curto, especialmente considerando o período de festas e férias. Isso torna essa fase inicial de testes estratégica para as software houses.

Próximos passos para software houses diante da NFS-e Nacional com IBS CBS

Com o ambiente de testes disponível, o momento é de iniciar testes, estudar a Nota Técnica nº 004 e preparar os sistemas para a nova realidade da NFS-e Nacional com IBS CBS.

Mesmo com prazos curtos, essa etapa é essencial para garantir estabilidade, previsibilidade e conformidade quando o IBS e a CBS passarem a integrar definitivamente a emissão de serviços em 2026.

A NFS-e Nacional entra, assim, em uma nova fase — e quem se antecipa agora reduz riscos e ganha maturidade técnica para o novo cenário fiscal.

Como a TecnoSpeed pode te ajudar? 

A adaptação à NFS-e Nacional com IBS e CBS exige acompanhamento técnico contínuo. Para apoiar os softwares nesse processo, a TecnoSpeed disponibiliza materiais práticos que ajudam a acelerar a adequação e reduzir riscos.

FAQs complementares

Roadmap de adequação aos padrões IBS/CBS

A TecnoSpeed mantém uma documentação com o Roadmap de Adequação aos novos padrões, reunindo:

  • status de homologação e deploy por documento fiscal;
  • links oficiais e datas previstas;
  • orientações para acompanhar atualizações.

Na prática, esse material ajuda a entender quando os campos já podem ser enviados e quando o município ainda não aceita o novo padrão, evitando falhas de esquema.

Arquivos de integração

Também está disponível uma documentação objetiva sobre as mudanças nos arquivos de integração com a Reforma Tributária:

  • ajustes nos arquivos TX2 (Componentes / Manager SaaS);
  • mudanças nos JSONs do PlugNotas;
  • orientações práticas para enviar documentos conforme as novas exigências e evitar rejeições.

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Mantenha seu software alinhado às mudanças da NFS-e Nacional com IBS e CBS

A NFS-e Nacional avança como o padrão para a emissão de serviços em todo o país e, com a Reforma Tributária, passa a exigir ainda mais atenção das software houses quanto a layouts, integrações e regras fiscais. A obrigatoriedade acontece de forma gradual, conforme a adesão dos municípios, mas a preparação técnica já é indispensável.

A TecnoSpeed acompanha de perto essa evolução e disponibiliza documentação técnica atualizada, FAQs, roadmaps de adequação e orientações práticas, ajudando sua software house a se manter em conformidade e preparada para as próximas etapas da NFS-e Nacional.

Saiba mais sobre o Plugnotas

Lorena Mendes
Lorena Mendes
Formada em Ciências Contábeis e trabalho como Analista de Legislação Tributária na TecnoSpeed, criando conteúdos focados para Documentos Fiscais eletrônicos.

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