Risco de crédito é uma das análises que podem salvar uma empresa da falência, você sabe por quê? Descubra no artigo abaixo preparado para você!
É muito comum ouvir que as empresas credoras operam em risco, no sentido de oferecer algo sem garantia absoluta de que haverá pagamento. Apesar de ser uma afirmativa verdadeira, os riscos podem ser atenuados ao fazer uma boa análise de risco de crédito, combinada à classificação correta de perfil.
Neste artigo vamos falar sobre o risco de crédito, como fazer uma análise correta, explorar os significados de suas respectivas classificações e explicar porque integrar uma API com esse recurso ao seu software pode fazer toda a diferença no dia a dia do seu cliente, agregando valor ao seu produto. Boa leitura!
O que é Risco de Crédito?
O risco de crédito é a probabilidade de um cliente não cumprir com o pagamento de uma dívida assumida, seja em compras parceladas, financiamentos ou empréstimos. Ele representa um fator essencial para empresas que trabalham com vendas a prazo, pois indica o nível de segurança em conceder crédito a um determinado perfil de cliente.
Calcula-se esse risco com base em uma série de informações, como histórico de pagamento, score de crédito e capacidade financeira. Clientes com bons hábitos de pagamento e estabilidade financeira apresentam baixo risco, enquanto aqueles com registros de inadimplência ou instabilidade são classificados como alto risco, podendo ter o crédito negado ou limitado.
A análise do risco de crédito permite que a empresa defina as condições mais adequadas para cada concessão, como limites, prazos e taxas de juros. Com essa prática, é possível reduzir perdas financeiras, proteger o fluxo de caixa e tomar decisões mais assertivas na gestão comercial.
Exemplos de Risco de Crédito
O risco de crédito pode surgir em qualquer operação onde há confiança no pagamento futuro de uma obrigação. Veja alguns exemplos práticos em diferentes contextos:
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Empréstimos financeiros
Bancos ou financeiras concedem crédito com base na análise do perfil do cliente, mas ainda assim correm o risco de não receber os valores de volta. -
Compras parceladas no varejo
Lojas físicas e virtuais que vendem a prazo estão expostas à possibilidade de inadimplência por parte do consumidor. -
Cartões de crédito
Ao liberar limite para compras, a operadora assume o risco de que o titular não quite a fatura total ou mínima no vencimento. -
Financiamento de bens duráveis
Mesmo com o bem como garantia (como carro ou equipamento), o atraso nos pagamentos representa risco para a instituição. -
Prestação de serviços com contrato recorrente
Empresas que prestam serviços com cobrança mensal — como softwares por assinatura ou consultorias — dependem da adimplência contínua do cliente, assumindo risco quando não há pagamento antecipado.
Esses exemplos mostram que o risco de crédito não se limita ao setor financeiro, e pode afetar desde grandes instituições até pequenas empresas prestadoras de serviço.
Como realizar a avaliação do Risco de Crédito?
Avaliar o risco de crédito envolve a coleta e análise de informações que permitem estimar a probabilidade de inadimplência de um cliente. Essa avaliação é geralmente feita antes da liberação de crédito, mas também deve ser atualizada periodicamente em casos de relacionamentos contínuos.
Etapas da avaliação:
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Coleta de dados: Histórico de pagamento, comportamento financeiro, situação cadastral e score de crédito.
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Verificação documental: Comprovação de renda, CNPJ ativo, ausência de protestos ou pendências judiciais.
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Análise do perfil: Segmento de atuação, porte da empresa, tempo de mercado e estabilidade financeira.
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Consulta de crédito: Utilização de ferramentas e bureaus especializados (como Serasa, Boa Vista, Quod) para validar e complementar os dados.
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Definição de limites e condições: Baseado no nível de risco identificado, define-se o limite de crédito, prazos e exigência de garantias.
Em 2024, 6,9 milhões de empresas no Brasil estavam inadimplentes, o que corresponde a cerca de 30% do total, segundo dados da Serasa Experian. Isso demonstra como a avaliação de risco é essencial para prevenir perdas.
Como é feita a análise de Risco de Crédito?
A análise de risco de crédito é feita para estimar quais as chances do consumidor ou beneficiário honrar o compromisso financeiro acordado. Vai além da simples avaliação de dados cadastrais. Ela considera múltiplas dimensões do comportamento financeiro do cliente.
Na prática, os clientes são classificados de acordo com seu perfil financeiro, histórico e comportamento de pagamento, sendo categorizados em níveis de risco que influenciam diretamente nas condições da operação. Empresas que trabalham com empréstimos, financiamentos ou vendas a prazo utilizam a análise para balizar suas decisões e manter a sustentabilidade financeira.
Um dos métodos mais consagrados para orientar essa análise são os 5 C’s do Crédito, que ajudam a entender profundamente o perfil de risco do solicitante:
Os 5 C’s do Crédito
O termo refere-se ao caráter, capacidade, capital, condições e colateral do contratante. Essa análise é uma forma de descrever melhor o perfil do possível beneficiário e estabelecer os argumentos para aprovar ou reprovar o crédito. Veja o que cada “C” significa:
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Caráter (Character)
Avalia a reputação e histórico de pagamento do cliente no mercado. Registros positivos, ausência de protestos, pontualidade e responsabilidade em compromissos anteriores indicam um bom caráter financeiro. -
Capacidade (Capacity)
Refere-se à capacidade de pagamento, considerando fluxo de caixa, nível de endividamento e estabilidade de receita. No caso de empresas, também inclui riscos do setor de atuação e variações sazonais. -
Capital (Capital)
Analisa os recursos próprios e a saúde financeira do solicitante. Empresas com bom capital próprio têm menor dependência de terceiros, o que reduz o risco de inadimplência. -
Condições (Conditions)
Considera o contexto econômico e setorial, como crises, crescimento do setor e objetivo do crédito. Um negócio em retração ou operando em mercados instáveis oferece maior risco. -
Colateral (Collateral)
Verifica as garantias oferecidas na operação, como imóveis, veículos, equipamentos ou recebíveis. Quanto mais líquida e sólida a garantia, menor o risco para o credor.
Os 5 C’s enquanto indicadores de análise variam de acordo com as regras estabelecidas por cada empresa credora. A depender do nicho de atuação, cada “C” pode ganhar um peso diferente para a decisão final.
Tabela de classificação de Risco de Crédito
A tabela de classificação de risco de crédito, também conhecida como rating, é uma escala usada por analistas, instituições financeiras e credores para avaliar o grau de confiança na capacidade de pagamento de uma empresa ou pessoa. Baseia-se em uma nota atribuída ao perfil do solicitante, que varia de AAA (risco mínimo) até D (risco máximo).
Essa classificação permite padronizar o entendimento sobre o risco envolvido em uma operação de crédito, orientando decisões sobre concessão, limites, garantias exigidas e taxas de juros.
Confira abaixo uma tabela simplificada com os principais níveis de risco:
⚠️ Essa classificação pode variar entre instituições, mas é amplamente utilizada por agências de risco e empresas de análise de crédito para tomadas de decisão mais assertivas.
Empresas que adotam esse tipo de tabela em seus processos conseguem padronizar a análise, criar políticas de crédito mais claras e mitigar perdas financeiras, principalmente em operações recorrentes ou de alto valor.
O impacto da classificação do Risco de Crédito
Há duas categorias de risco de crédito: se enquadram nos Riscos de Primeira Classe os que apresentam, segundo análise prévia, mais chances de não efetuar o pagamento do crédito. Por esse motivo, a empresa credora exige mais garantias para liberar o benefício.
Já nos Riscos de Segunda Classe estão os perfis que apresentam chances mais expressivas de realização da quitação. Nesses casos, há menos exigências de garantias e a negociação com o cliente é mais flexível.
Para construir uma política de crédito eficiente, é fundamental que essas duas categorias sejam consideradas durante o processo de verificação.
Gestão de Risco de Crédito: como aplicar?
A gestão de risco de crédito é um processo contínuo e estratégico que visa reduzir perdas e proteger o capital da empresa. Ela deve estar integrada à política comercial e ao processo de vendas. Para aplicar a gestão de risco de forma eficaz, o primeiro passo é desenvolver critérios claros de concessão de crédito, baseados nos perfis de clientes ideais e nos limites aceitáveis de exposição a risco.
Além disso, é essencial investir em tecnologia para automatizar a coleta e análise de dados, como APIs de consulta de crédito, que integram o processo com bureaus de informação em tempo real. Outro ponto-chave é realizar um monitoramento contínuo da carteira, identificando mudanças no comportamento dos clientes ao longo do tempo.
Por fim, a gestão eficiente inclui ações preventivas, como o uso de garantias, e corretivas, como cobrança estruturada e renegociação de dívidas. A combinação desses elementos permite minimizar inadimplência e manter o crescimento sustentável do negócio.
Automatize a análise de Risco de Crédito
Analisar o risco de crédito não é uma tarefa simples, mas as empresas podem automatizar esse processo. Uma das formas é utilizar softwares de consulta, que agregam informações e histórico financeiro de pessoas físicas e jurídicas.
Veja alguns dos benefícios da automatização:
- O cliente diminui o tempo com análise de crédito por dois motivos: o primeiro é o acesso ao banco de dados completo, que fornece uma resposta rápida para a avaliação e o segundo é a integração com o sistema de uso contínuo da empresa;
- A comunicação entre departamentos internos ganha mais fluidez e agilidade;
- As decisões são mais assertivas e menos arriscadas, proporcionando mais segurança aos negócios;
- O risco de inadimplência é menor, já que a avaliação é mais apurada e abrangente;
- O acesso a um banco de dados robusto permite retornos com diferentes tipos de consulta e quantidade de informações;
- Melhora a percepção de valor agregado, já que com um software integrado é possível concentrar as informações sobre o cliente em um só local.
Nós temos uma ótima solução que engloba todas essas vantagens: a API de consulta e análise de crédito integrada ao Serasa Experian, líder em serviços de informações do histórico financeiro das empresas. Você pode integrá-la ao seu software, proporcionando mais agilidade para que seu cliente realize análises de risco de crédito.