Carteira escritural: como funciona?

Tempo de Leitura: 4 minutos

Conheça mais sobre carteira escritural, um modelo de cobrança no qual o emissor de boletos é o próprio banco, o que facilita os processos do cedente.


A carteira escritural é uma modalidade de cobrança bancária que muitas software houses desconhecem e por isso não desenvolvem nos sistemas de ERP. Ela diz respeito aos títulos que são emitidos por uma instituição portadora, o que traz vários benefícios ao cedente.

Se o seu software não oferece essa opção para os seus clientes, você pode estar perdendo uma ótima oportunidade de aumentar a qualidade e o bom desempenho do seu produto.

Neste artigo, vamos apresentar os motivos para investir na carteira escritural no desenvolvimento do seu ERP e como funciona esse modelo automatizado com emissor de boletos. Continue a leitura para entender!

Carteira Escritural | Fintech

Como funciona a carteira escritural?

A carteira escritural, também conhecida como cobrança escritural, faz com que o banco portador se torne o emissor de boletos, transferindo a responsabilidade sobre a cobrança para si.

Dessa forma, é a financeira que faz o envio dos arquivos para o sistema de gestão, inserindo os dados necessários para a geração dos boletos. Uma vez que os documentos são emitidos, o banco retorna os arquivos para a empresa, com as informações do status do pagamento.

Isso inclui as duplicatas pagas, títulos atrasados enviados a cartório, pagos com atraso e juros, entre outras situações relacionadas. Assim, na carteira escritural, não é necessário emitir duplicatas, borderôs e demais papéis típicos da gestão financeira.

A modalidade funciona como um conjunto de operações que integram o sistema da empresa ao do banco, possibilitando a troca de informações entre eles. Assim, as atividades da gestão interna da empresa são reduzidas, facilitando a vida dos gestores.

Quais são as vantagens da carteira escritural?

Algumas vantagens que você pode oferecer ao seu cliente com um software com a carteira escritural já ficaram claras. Entretanto, há características que podem não ser tão visíveis assim.

O que todos os benefícios têm em comum é que eles possibilitam à sua software house oferecer aos clientes produtos com mais qualidade e que permitem vantagem competitiva no mercado. Logo, você tem mais poder de persuasão na hora de negociar.

Listamos a seguir algumas dessas vantagens!

Otimização da gestão financeira

A partir do momento em que o banco se torna emissor de boletos e fica responsável pela cobrança dos títulos, a equipe de gestão da instituição cedente ganha a oportunidade de melhorar os negócios e o fluxo das finanças.

Isso porque há uma diminuição das atividades direcionadas a esses funcionários, o que acelera os processos internos e permite que eles possam se dedicar a outras tarefas. Assim, os gestores podem se concentrar em manter os rendimentos e o crescimento da empresa, bem como realizar análises de caixa e assegurar sua saúde financeira.

Agilidade no processo de cobrança

Nesse contexto, outro benefício é a agilidade e aceleração do processo de cobrança. No processo manual, o gestor precisa subir as informações no sistema para depois enviar à financeira, tendo então que esperar a resposta.

Uma vez que o próprio banco cuida do processo, a resposta é dada de forma mais rápida, aplicando velocidade à aprovação. A própria financeira já verifica se os dados necessários estão corretos na hora de emitir os boletos bancários.

Redução de custos

A redução de custos é mais um benefício de ter o banco como emissor de boletos. Ao economizar recursos na geração dos documentos, o processo passa a dispensar investimentos que seriam necessários na operação para realizar a cobrança, como o gasto com os profissionais envolvidos.

É verdade que a carteira escritural proporciona ao banco o direito de cobrar uma taxa para executar o serviço, mas o valor aplicado se paga a partir dessa redução nos custos operacionais.

Redução de erros operacionais

Já em relação aos erros, não é incomum que a equipe de gestão financeira de uma empresa gere dados equivocados, tendo que enviar os documentos mais de uma vez à financeira. Aqui vemos relação com dois prejuízos que acabamos de citar: a demora do processo e maiores custos operacionais.

Porém, quando o banco é o responsável por essas tarefas, ele tem mais conhecimento para levantar os dados corretos, conseguindo realizar o levantamento adequado das informações. Para a empresa cedente, torna-se interessante porque ela ganha a oportunidade de realizar uma gestão mais eficiente sobre as contas a receber.

Quais são as etapas para realizar o procedimento?

A carteira escritural tem um processo muito simples, de 4 etapas. 

  1. Em primeiro lugar, a empresa precisa enviar as informações sobre as cobranças para o banco, pela internet. 
  2. A partir desses dados, o banco poderá realizar a emissão dos boletos, uma vez que esteja tudo correto.
  3. A terceira etapa é o envio do documento aos sacados, que pode ser feita por correio ou via eletrônica, por e-mail. 
  4. Por fim, o banco reporta à empresa o status da cobrança, de acordo com as pendências dos usuários.

A própria instituição financeira já realiza o envio de remessa e a baixa dos títulos antes de enviar o relatório ao cedente. Assim, a empresa consegue acompanhar facilmente quem realizou o pagamento ou quem se mantém inadimplente, fazendo por fim a conferência.

Como adotar esse modelo de cobrança na sua empresa?

A carteira escritural está diretamente relacionada à automação do processo de cobrança dos títulos. Por isso, para implantar o modelo, é importante que a empresa tenha à disposição um software apropriado de gestão financeira.

O seu ERP precisa ter um módulo de comunicação integrado aos sistemas dos bancos. Assim, a instituição financeira consegue receber os dados necessários para ser o emissor de boletos, tendo acuracidade nas informações. Nesse contexto, o software deve conter a instituição em questão homologada na API do sistema para que possa existir essa comunicação.

O PlugBoleto, por exemplo, foi desenvolvido pensando estrategicamente nesse contexto e tem mais de 30 bancos homologados. Caso a instituição utilizada pelo cliente da sua software house não esteja na lista, abrimos a possibilidade de verificar frente ao banco a homologação.

Agora que você já conhece a importância da carteira escritural para o seu software e como fazer esse tipo de procedimento, que tal entender mais sobre a emissão de boletos? Confira o nosso e-book com um guia especial sobre o assunto!

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Helen Cunha é bacharel em Marketing. Responsável pelas estratégias de mercado direcionado para Fintechs.

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