Pix no TecnoUpdate: descubra como essa inovação vai revolucionar o seu negócio

O PIX no TecnoUpdate é um sistema de pagamento que está muito popular, veja a discussão no TecnoUpdate
Tempo de Leitura: 4 minutos

O Pix é a nova forma de pagamento instantâneo que impacta diretamente as software houses. Por isso conversamos sobre o PIX no TecnoUpdate 2020.


Você com certeza já ouviu falar no Pix. Essa criação do Banco Central está sendo amplamente divulgada, mas ainda há dúvidas sobre o assunto. Marcelo Martins, coordenador do GT do Pix, destrinchou o Pix no TecnoUpdate. Confira o que foi tratado na live.

Conheça a API de Pagamento

Pix: o que é?

 O Pix é um sistema de pagamentos criado pelo Banco Central que revoluciona a forma de os bancos se relacionarem com os clientes e de os clientes fazerem transações. 

Conforme tratado no TecnoUpdate sobre o Pix, ele integra os meios de pagamento de forma muito particular, agilizando as transações, minimizando os custos e facilitando seu rastreamento.

Ele também força os bancos a buscarem novas formas de monetização, pois as transações básicas estão cada vez menos passíveis de cobrança. Qualquer pessoa física ou jurídica que possua conta transacional poderá aderir ao pix sem custo nenhum. 

O que é PIX de pagamento? | FINTECH

Sobre o TecnoUpdate

Realizado pela TecnoSpeed, esse evento anual traz todas as novidades no mundo da tecnologia, desde hardwares e softwares até inovações legislativas e tributárias. Em 2020, esse evento ocorreu totalmente online, adaptando-se e inovando na realidade imposta no momento. Foi uma excelente oportunidade para se atualizar e fazer novos contatos.

TecnoUpdate 2020 | Making of

Sobre o Palestrante

Marcelo Martins é Líder Vertical de Pagamentos na ABFintechs e sócio da Pay Ventures. Ele é coordenador de GT do Pix e destrinchou essa nova solução financeira na live do TecnoUpdate. 

Pix no TecnoUpdate: entendendo o sistema

O mundo financeiro está mudando completamente. A forma como as pessoas se relacionam com o dinheiro e os meios de pagamento vêm se tornando digitais de diversas maneiras.

Um dos assuntos frisados pelo nosso palestrante, Marcelo Martins, foi o uso de QR Code na China. Aplicativos como o WeChat e o AliPay possibilitam transações de forma fácil e intuitiva, diretamente do celular.

No exemplo chinês, o uso de aplicativos é gritante, pois mesmo pessoas em situação de rua têm acesso a códigos para fazerem transações (ainda que sejam doações). O uso de códigos de pagamento também foi fundamental desde a pandemia do coronavírus.

O sistema de pagamento chinês via app permite não apenas a redução do contato entre cliente e vendedor, mas também o controle de público. Havia uma área de atendimento para quem estava livre do vírus (código verde), outra para quem havia tido contato recente com alguém infectado (código amarelo) e, quem estava infectado, sequer podia se locomover pelo metrô, pois seus meios de pagamento eram bloqueados para tais situações.

Pagamento digital: o caso brasileiro 

Muitas pessoas podem pensar que o caso chinês é pontual e que o Brasil está muito longe dessa realidade. Mas isso não é verdade. Conforme salientado no TecnoUpdate por Marcelo Martins, o Brasil está muito próximo dessa realidade. Por mais que haja controles que o Estado chinês consiga fazer pelo seu regime de governo, o Brasil já estava caminhando para novas formas de pagamento.

O custo de emitir moeda é muito alto. O gasto para emitir cédulas é altíssimo, além de envolver custos adicionais com transporte, segurança, destruição das cédulas danificadas, etc. Por isso, as soluções financeiras digitais parecem ser um caminho permanente, pois alia segurança a custos mais baixos.

Assim como na China há códigos de pagamento para WeChat, Alipay, e outros, no Brasil já trabalha-se com códigos como da Ame Digital, Ifood, NuBank, etc. Houve até mesmo testes para pagamento de metrô via QR Code, bem similar com o praticado na China. Todos os bancos já estavam caminhando para esse método de pagamento, e o Pix os integrou.

Por que o Pix é revolucionário

Todos os bancos já estavam fazendo há um tempo a transição para o pagamento por código. Os bancos e soluções digitais já eram uma inovação que democratizou o acesso a bancos. Agora, com o Pix, as soluções que os bancos estavam desenvolvendo são integradas. Isso porque não será mais necessário que as transações sejam feitas dentro da mesma instituição para não haver cobranças. 

Essas transações serão feitas com chaves, que podem ser: uma chave aleatória, o telefone, o e-mail ou o CPF do titular do Pix. Com transações 24h, todos os dias os usuários poderão fazer operações sem custos. Em poucos segundos, é possível fazer pagamentos independentemente de qual seja o seu banco. O Pix se diferencia de uma TED ou DOC por não haver necessidade de que o recebedor compartilhe todas as suas informações com o pagador.

Outro destaque do Pix é a inclusão financeira. Com a opção offline, mesmo nas áreas com menor acesso à Internet é possível que o usuário faça seus pagamentos utilizando o Pix. Há também sigilo nesse sistema, pois o usuário não é obrigado a transmitir todas as informações para terceiros, apenas a chave ou um de seus identificadores.

Além disso, outra tendência reforçada pelo Pix é o Open Banking. Os bancos não são mais instituições fechadas que atuam por si. Eles precisam se integrar a aplicativos, soluções, e empresas que possam usá-lo para prestar um serviço ao usuário. Conforme exemplo de Marcelo Martins, hoje há aplicativos como o Guia Bolso que têm acesso a informações da conta bancária.

Com o Open Banking, é possível que o usuário faça transações diretamente de soluções como essa, sem precisar passar pelo aplicativo do banco. É possível que empresas/aplicativos de terceiros façam transações em outras instituições financeiras quando autorizadas pelo titular da conta.

Até alguns anos atrás, isso era impensável. As soluções e inovações que esse sistema de pagamentos criado pelo Banco do Brasil pode trazer ainda estão em aberto. Tudo indica para uma rápida e eficiente adesão ao sistema.

Adesão ao Pix 

Mais de seiscentas instituições financeiras se cadastraram para aderir ao Pix. Apesar de que nem todos conseguirão tudo o que é preciso para se cadastrar e oferecer o serviço a partir de novembro, haverá uma nova rodada de adesão em dezembro. 

Mesmo antes do início das transações pelo Pix, milhares de usuários finais já se cadastraram para fazer parte. A solução indica uma boa taxa de adesão e de aceitabilidade, pois não há mais espaço para burocracias e altas tarifas características dos bancos no passado. 

Com soluções como o Pix, tais transações não geram mais receita para os bancos. Permitir que os clientes circulem o dinheiro sem custos é o mínimo que um banco pode oferecer para ter usuários.

Por isso, os bancos terão que inovar em seus serviços e oferecer adicionais para conseguirem monetizar. Ter um marketplace, seguros, empréstimos são as formas mais racionais de gerar lucro em um banco atualmente. 

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Geison Durães
Geison Durães
Formado em Comunicação em Multimeios. Analista de Marketing da TecnoSpeed, focado em produção de conteúdos para mídias digitais.

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