O que são planos de contas? Entenda como colocar essa gestão em prática por meio de 8 caixas.
A gestão empresarial é fundamental para que um negócio esteja em dia em todos os âmbitos, sejam operacionais, comerciais, entre outros. Os planos de contas e as classificações dos mesmos entram nesse parâmetro, principalmente quando se trata da visualização de gastos e despesas desse empreendimento.
Por isso, neste artigo classificamos as receitas e despesas em 8 caixas, a fim de realizar o lançamento financeiro completo de uma empresa e destacar os melhores indicadores estratégicos. É possível acompanhar este conteúdo também pela explicação em vídeo de Erike Almeida, CEO da TecnoSpeed.
Ficou interessado no assunto? Continue aqui e acompanhe! Boa leitura.
O que são os planos de contas?
Afinal, o que são os planos de contas e por que eles estão separados em 8 caixas? Em primeiro lugar, as empresas precisam de lançamentos financeiros principalmente na hora de fechar as contas do mês. Isto também serve para realizar os indicadores estratégicos de maneira fácil e eficaz, sem muitas complicações para o negócio.
Quando os gastos e despesas são separados em aplicações, o empresário consegue ver mais claramente esses custos e quais os lugares que precisam de mais investimentos, menos aplicações, entre outros.
Para isso, então, a TecnoSpeed utiliza 8 caixas, que servem como classificações de gastos da empresa – e que são aplicadas também, por exemplo, durante a emissão de uma nota fiscal. Esse modelo pode servir para outras softwares houses, que precisam de uma gestão empresarial bem definida.
Quais são as 8 caixas?
Os planos de contas separados em 8 caixas formam uma série de gastos e despesas que giram dentro de uma empresa e que são fundamentais para o funcionamento da mesma.
É extremamente importante seguir essa delimitação, pois ela é dividida de maneira que não pese para um setor e deixe outro com pouco trabalho. Ou seja, há uma equidade nessas caixas, que tornam os lançamentos estratégicos muito mais justos e bem definidos.
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ARO
Em primeira instância temos o ARO. Este remete ao abatimento da receita operacional e envolve tudo que não se pode evitar na hora de emitir uma nota fiscal. Os impostos gerados sobre o faturamento são calculados em cima desse documento, além de serem os primeiros itens de desconto da receita. Deve-se descontar o ARO para que haja o cálculo da receita líquida.
É importante destacar que os impostos calculados sobre esse faturamento também admitem as vendas “frustradas”, ou seja, aquelas que não se concretizaram e que não há como cancelar a nota ou modificá-la.
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CAC
Logo após temos o CAC, custo de aquisição de clientes. Nos planos de contas é fundamental que haja calculado os gastos para aumentar a carteira de clientes, sejam estes com propagandas, eventos ou demais técnicas de marketing. Tudo que vier com o intuito de vender entra nessa classificação!
As empresas que possuem equipes mistas precisam realizar o rateio dessa classificação. Porém, como este cálculo é complexo e pode gerar muita dor de cabeça ao empresário, indicamos que existe um grupo separado para cada setor.
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COC
Já o COC, custo operacional do cliente, entra nos planos de contas como tudo que você gasta dentro da empresa para entregar o produto ao cliente, como suporte especializado, equipe de call center, entre outros.
Imagine que a sua software house faça um plano de assinaturas ou dê infraestrutura em nuvem: para que o consumidor continue ativo ou em relacionamento com a empresa é necessário um gasto operacional, a fim de mantê-lo sempre atualizado com o negócio.
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ADM
A sigla ADM remete ao administrativo desta empresa. Todos os gastos que não entram como de aquisição ou operacional fazem parte deste setor, sendo muito importante pontuá-los – mesmo que entrem apenas como custos indiretos dos empresários.
Os custos com aluguel, luz, eventos para os colaboradores e até mesmo despesas com seguros, logística e entregas entram nessa classificação. Ou seja, os planos de contas também precisam se atentar aos gastos administrativos.
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NPI
Para que a software house esteja sempre em dia com o mercado é muito importante investir na NPI, ou seja, em inovação. Tudo que você gasta para criar um novo produto para o mercado se transforma em uma nova fonte de receita, sendo fundamental entrar nos planos de contas.
Essa atualização do portfólio é essencial também para aumentar a carteira de clientes e variar o público que adquire os produtos da empresa.
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TRIB
A tributação, sexto item da nossa caixa, é um dos itens mais importantes dentro dos planos de contas. Aqui é feito o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro dessa empresa.
Quando se trata de um empreendimento de lucro real é possível apurar o lucro e pagar sobre o imposto real dessa empresa. Já o lucro presumido é proporcional ao faturamento estabelecido. Cada negócio possui a sua delimitação, sendo necessário consultar antes de realizar as contas.
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CAP
Quase finalizando as caixas dos planos de contas temos o CAP, custo de capital. Os gatos que você teve para suprir a sua empresa também entram nessa gestão financeira, principalmente se o dinheiro for captado por terceiros.
Mas, por que isso? Simples! Quando há a tomada de empréstimos, créditos e demais serviços, a software house adquire também taxa de captação, IOF, juros a ser pago, parcelas mensais. Tudo isso entra no custo de capital e é essencial para os cálculos de um negócio.
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SOC
Por último e para encerrar as 8 caixas que classificam os planos de contas temos o SOC, ou seja, a sociedade dessa empresa. Você precisa prioritariamente de um setor que sirva para pagar os sócios e realizar a distribuição de lucros desse empreendimento.
A movimentação societária faz parte desses cálculos principalmente entre negócios que vendem ações e que possuem muitos sócios. Tudo isso entra como lançamentos financeiros e precisa de um cuidado especial no instante de visualizar gastos.
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Conclusão
Mesmo que pareça complexo, os planos de contas divididos em 8 caixas tornam o lançamento financeiro de uma empresa muito mais fácil de visualização e até mesmo de gerenciamento. Quanto mais o empresário investe nessas formas de organização, melhor ele lida com mercado e seus concorrentes.
Para você que possui uma software house ou que curtiu o assunto, continue em nosso blog e acesse outros conteúdos! Aqui na TecnoSpeed você aprende tudo sobre gestão empresarial, tecnologia e muitos mais.