O que é DevOps? Quais os seus principais conceitos? Como aplicar o CALMS? Neste conteúdo você vai encontrar tudo sobre o conjunto de práticas que vai transformar a sua Software House.
Comunicação, colaboração e integração são os três princípios básicos da abordagem moderna e crescente conhecida como DevOps.
Conhecimento essencial para que a sua Software House seja enxuta, ágil e capaz de responder rapidamente às mudanças nas demandas do mercado, promovendo uma colaboração mais estreita entre as linhas de negócios, desenvolvimento e operações de TI.
O que é DevOps?
O DevOps é um conjunto de práticas que automatiza os processos entre o desenvolvimento de software e as equipes de TI, para poderem assim criar, testar e liberar software de maneira mais rápida e confiável.
O conceito e a missão do DevOps são baseados na construção de uma cultura de colaboração entre equipes que historicamente funcionavam em silos relativos.
O movimento DevOps ganhou força entre 2007 e 2008, quando as comunidades de operações de TI e desenvolvimento de software se manifestaram. Elas criticaram o modelo tradicional de desenvolvimento de software, que pedia que aqueles que escrevem o código, fossem organizacional e funcionalmente separados daqueles que implantam e dão suporte a esse código.
Os desenvolvedores e os profissionais de TI / Ops tinham objetivos separados e muitas vezes concorrentes. Liderança de departamento, indicadores-chave de desempenho, além de trabalharem em andares ou mesmo prédios diferentes.
Os resultados foram equipes isoladas, preocupadas apenas com seus próprios feudos, lançamentos incorretos e clientes insatisfeitos.
O que começou em fóruns on-line e encontros locais, agora é um tema importantíssimo, com diversos livros de DevOps e DevOps framework para todos os gostos. Inclusive, se você quer ficar por dentro das maiores novidades quando o assunto é Dev, aproveite para participar da TecnoUpdate, o encontro perfeito para quem busca conteúdo técnico, prático e sem enrolação.
Há também um DevOps wiki bem completo. Vale a pena consultá-lo depois que finalizar este conteúdo.
O mercado para vagas em DevOps também está bem aquecido. Então, se sua empresa deseja investir em talentos especializados, não pode perder mais tempo.
Quer conhecer tudo sobre DevOps e a importância para a sua Software House? Continue lendo este post!
Benefícios de adotar o DevOps
Os sistemas desenvolvidos pela sua Software House estão repletos de complexidades, as quais crescem diariamente com o uso de diferentes tecnologias e bancos de dados.
O DevOps pode ser a única maneira viável de lidar com ambientes tão diversos com sucesso.
A implementação de uma prática do DevOps pode agregar valor à sua organização através de vários benefícios, incluindo os seguintes:
- Quebra de barreiras e silos dentro do departamento de TI
- Redução dos processos envolvidos no desenvolvimento de sistemas
- Menor tempo de colocação no mercado dos sistemas desenvolvidos
- Colaboração aprimorada entre desenvolvedores e operações, que resulta em produtos e serviços de alta qualidade
- Menor tempo na resolução de problemas e correção de bugs e vulnerabilidades
- Vantagem competitiva em relação às empresas que utilizam metodologias de desenvolvimento mais longas e tradicionais
- Capacidade de gerenciar melhor o trabalho não planejado.
Como o DevOps está mudando a cultura das Software Houses
Em essência, o DevOps é uma cultura, um movimento, uma filosofia. Representa uma parceria entre desenvolvimento e operações que enfatiza a mudança de mentalidade, melhor colaboração e integração mais estreita. O que faz, toda a diferença em uma Software House.
O DevOps une entrega ágil e contínua, automação e muito mais. Características que ajudam as equipes de desenvolvimento e operações a tornarem-se mais ágeis e eficientes. Essas equipes desenvolvem a capacidade de inovar com mais rapidez e agregar maior valor nos sistemas desenvolvidos para os seus clientes.
Isso sem dizer que inovação rápida não é mais uma opção e sim uma necessidade imposta pela competitividade do mercado.
Certamente sua empresa enfrenta uma concorrência gigantesca, assim, para manter-se competitivo e atuante nesse segmento, o caminho é trazer soluções melhores o quanto antes. Esse será o diferencial entre evoluir ou ficar para trás.
CALMS – Um Framework que estabelece os Pilares do DevOps
O CALMS é um acrônimo para Culture (Cultura), Automation (Automação), Lean (Metodologia Lean), Measurement (Mensuração) e Sharing (Compartilhamento).
Quando foi criado, sua ideia era quebrar gargalos existentes entre os setores de Desenvolvimento e Operações — um dos principais pilares do DevOps.
O CALMS traz as principais diretrizes para a adesão do DevOps, transformando as estruturas internas para esse fim. Permite a análise da conjuntura atual, o apontamento do que deve ser feito e as diretrizes para uma implementação segura, no objetivo de conseguir os melhores resultados.
É fundamental para compreender o estágio em que a sua Software House está no presente momento e se ela está realmente preparada para a adesão do DevOps. E, caso não esteja, aponta quais são os caminhos que devem ser seguidos para conseguir adotá-lo com eficiência.
O que é o CALMS?
Cada letra do CALMS representa uma questão que deve ser trabalhada na sua Software House. Por isso, é fundamental que você entenda não só o que elas representam, mas também sua importância no processo de implementação.
Veja o que significa cada uma das letras a seguir.
Cultura (ou Colaboração): Quais são os aspectos importantes na organização?
A cultura é o fator de sucesso número 01 no DevOps, sendo a letra mais conhecida de todas.
As ferramentas utilizadas para DevOps, na verdade, fazem parte e integram a cultura organizacional.
Elas refletem, de forma direta, o que a sua empresa produz, como realiza suas atividades, direciona e entrega seus sistemas para as empresas que os utilizam.
Construir uma cultura de responsabilidade compartilhada, com transparência e feedback mais rápido é a base de toda equipe de DevOps que deseja ter um alto desempenho.
As equipes de uma Software House que trabalham em silos geralmente não aderem ao ‘pensamento sistêmico’ do DevOps. Para você saber, esse ‘pensamento sistêmico’ é estar ciente de como suas ações não afetam apenas a sua equipe, mas todas as outras equipes envolvidas no processo de lançamento.
Pouca visibilidade e objetivos compartilhados significam falta de planejamento de dependência e prioridades desalinhadas. É apontar o dedo e ter a mentalidade de “não é nosso problema”, resultando em velocidade mais lenta e qualidade abaixo do padrão.
Talvez você já tenha visto esse comportamento em sua empresa, não é mesmo?
O DevOps é a mudança de mentalidade de observar o processo de desenvolvimento de forma holística e quebrar a barreira entre Dev e Ops.
Essas questões estão intrinsecamente presentes na cultura organizacional focada em DevOps e é um dos pontos que mais precisa de atenção por parte dos gestores de TI.
Quando essa cultura é frágil ou não está devidamente alinhada com os interesses da organização, isso interfere diretamente na qualidade dos resultados da instituição como um todo.
Alguns dos pilares primordiais dessa etapa são:
- Foco nas pessoas e em como elas pensam
- Adesão de uma cultura da experimentação
- Promoção de uma cultura de integração entre desenvolvimento e operações
- Responsabilidade compartilhada entre equipes
- Blameless: adesão de uma cultura livre de culpa por erros nos processos.
Automatização: Colocando os computadores para trabalhar!
A automação é um ponto fundamental não só do DevOps. Mas também das Software Houses que desejam estar alinhadas com o momento da transformação digital.
Por isso, não seria diferente que o acrônimo CALMS englobasse esse termo.
O foco é automatizar tarefas internas, principalmente as etapas do fluxo de criação, minimizando erros humanos que podem causar problemas e prejuízos para seu negócio.
A automação também realiza a documentação de cada processo, auxiliando na padronização dos passos, sendo extremamente vantajosa para a empresa não só pela redução dos erros humanos, mas também porque o trabalho manual custa tempo e dinheiro. Logo, é melhor deixar que os sistemas automatizados realizem essas funções.
Essa etapa deve ser feita com cuidado e atenção por parte dos gestores, porque, caso seja feito com gaps e gargalos, em vez de auxiliar, poderá prejudicar o processo de desenvolvimento, entregando soluções com defeitos e problemas para o seu cliente.
Alguns dos pontos fundamentais dessa etapa são:
- Automatizar quase tudo o que for possível
- Oferecer ferramentas para manter tudo aquilo que for necessário para que o processo de desenvolvimento, testes e lançamentos sejam um sucesso.
Lean: Processo ágil e sem desperdícios!
Mais uma informação importante: uma cultura bem aplicada e sistemas de automação eficientes não são o suficiente para uma implementação DevOps.
Afinal, se ainda há gargalos nos processos de Desenvolvimento e Operações, a tendência é que eles se perpetuem ao longo do tempo sem receber o devido cuidado e reparo.
Para minimizar essa situação, é fundamental contar com o Lean, e é por esse motivo que ele compõe o CALMS. As metodologias Lean são capazes de desenhar com maior eficiência as etapas de entrega de cada área da organização.
A partir disso, torna-se possível analisar, identificar e redesenhar os pontos que podem estar causando maiores gargalos e índices de retrabalho.
Muitos recursos aplicados em empresas como a sua são apenas extras, que fazem pouca ou nenhuma diferença na experiência do cliente. Por isso, a aplicação de Metodologia Lean é fundamental para investir apenas naquilo que, de fato, pode ser o diferencial para a sua Software House.
A partir dessa identificação e das modificações propostas, é possível otimizar o fluxo de entrega, com maior velocidade e eficiência, dois pilares fundamentais para o sucesso dos negócios em TI atualmente.
Alguns de seus princípios são:
- Mantenha o foco no cliente e no valor gerado para ele
- Elimine todos os focos de desperdício
- Adote a entrega contínua
- Foque no aumento de aprendizagem.
Medir: Por que não podemos melhorar o que não conhecemos
Como saber se os passos anteriores estão, de fato, surtindo os efeitos necessários? Sem a etapa de mensuração, isso se torna praticamente impossível.
Uma cultura organizacional bem aplicada, com estratégias de automação e redução de gargalos podem não ser o suficiente. Da mesma forma, determinadas ferramentas e técnicas podem não ser aquilo que sua empresa necessita, sendo necessário reformular processos.
Mas como isso pode ser reconhecido? Por meio da mensuração.
Trata-se de uma etapa fundamental, inclusive, para a geração de feedbacks, sejam eles positivos ou negativos. Afinal, como as equipes vão identificar que estão no caminho certo se você não souber apontar se o trabalho é feito de forma bem-sucedida?
Além disso, a mensuração também gera mais conhecimento sobre a organização, bem como a previsibilidade sobre problemas, imprevistos e acidentes que possam ocorrer, ajudando a identificar as possíveis causas e os primeiros sinais antes que aconteçam.
Dessa maneira, os gestores podem se prevenir, evitando as falhas ou, até mesmo, criando planos de contingenciamento, a fim de reduzir os prejuízos.
Com logs e dashboards em mãos, os gestores têm informações o suficiente para analisar possíveis falhas e gerar melhorias constantes para seu negócio.
Essa mensuração deve ser feita em todos os níveis do negócio, incluindo até mesmo regras do negócio.
Alguns de seus pilares são:
- Mensure tudo que for possível
- Apresente melhorias constantes
- Adote a melhoria contínua em seu negócio
- Adote o monitoramento e controle
- Realize análises de desempenho constantemente.
Sharing, do Inglês Compartilhar
As informações organizacionais não podem mais ficar centradas nos gestores de cada departamento da sua empresa. O conhecimento, quando compartilhado, consegue auxiliar os times a trabalharem de forma mais organizada e integrada.
Além do mais, evita que os processos sejam dependentes dos demais departamentos e, principalmente, de determinados colaboradores.
Imagine que apenas um colaborador é responsável pelo projeto de um novo sistema, centralizando todas as informações sobre o seu trabalho, e em determinado momento, antes da conclusão do trabalho, ele decide sair da organização, levando consigo as informações sobre o projeto.
Até que se resolva a questão, muito tempo será desperdiçado. Em um modelo CALMS, os responsáveis por Desenvolvimento e Operações devem trabalhar juntos, de forma a descobrir melhores soluções, triar e corrigir erros antes que causem problemas reais para o negócio.
Com o compartilhamento de informações, caso uma pessoa saia do processo, isso não interfere no andamento do projeto, nem interfere no funcionamento do fluxo.
O compartilhamento de dados também é fundamental para que se consiga o nivelamento de conhecimento dos times, de forma que todos possam colaborar nas etapas de desenvolvimento e operações.
Alguns dos pilares dessa etapa são:
- Cultura do compartilhamento
- Adesão de maior colaboração entre membros
- Cultura da transparência
- Feedback contínuo para os times.
Como implementar o DevOps Passo-a-Passo
A má notícia é que o DevOps não é mágico e as transformações não acontecem da noite para o dia. A boa notícia é que você não precisa implementar uma iniciativa de larga escala.
Ao entender o valor do DevOps e fazer mudanças incrementais, a equipe da sua Software House pode embarcar nessa jornada imediatamente.
Confira como a seguir:
Prepare-se para uma mudança cultural
Se pudéssemos resumir a cultura do DevOps em uma palavra, seria “colaboração”. E se tivéssemos duas palavras, elas seriam “colaboração multifuncional”.
Todas as ferramentas e automação do mundo são inúteis se não forem acompanhadas por um desejo genuíno por parte dos profissionais de desenvolvimento e TI / Ops de trabalharem juntos.
Porque o DevOps não resolve, problemas de ferramentas. Resolve problemas humanos. Pense no DevOps como um processo ágil, mas com as operações incluídas. Formar equipes orientadas a projetos ou produtos para substituir equipes baseadas em funções é um passo na direção certa.
Poucas coisas promovem mais a colaboração do que compartilhar um objetivo comum e ter um plano para alcançá-lo juntos.
As equipes de desenvolvimento podem – e devem – convidar a equipe de operações para participar de sessões de planejamento e sprints diários. E vice-versa. É uma maneira ágil e orgânica de manter o ritmo dos projetos, ideias e lutas um do outro.
O tempo gasto ouvindo e disseminando o conhecimento compensa, tornando o gerenciamento e a solução de problemas muito mais eficientes.
Desenvolva uma estrutura para Implementação contínua de Software
Para preparar e entregar rapidamente nova infraestrutura para desenvolvimento, teste e produção, os engenheiros do DevOps aplicam a abordagem de IaC (Infrastructure as Code, Infraestrutura como Código, em Português).
O IaC é uma prática essencial do DevOps. Como o princípio de que o mesmo código-fonte gera o mesmo binário, um modelo IaC gera o mesmo ambiente toda vez que é aplicado.
Já que a infraestrutura existe como código pronto, sempre que os desenvolvedores precisam de uma nova infraestrutura para um novo projeto, eles não precisam esperar que os administradores do sistema os forneçam.
Ambiente de Testes Contínuo
Um ambiente de testes contínuos facilita o trabalho do time de engenharia responsável, suportando a execução de vários testes continuamente.
Ele aprimora a cobertura do teste, ao mesmo tempo, em que oferece ciclos de liberação eficientes. Por exemplo, as ferramentas de automação de teste ajudam a gerenciar, executar e medir testes funcionais e testes de carga.
Utilize o Método de “deploy” Verde/Azul
A implantação Verde/Azul é uma metodologia para liberar um novo código no ambiente de produção. Seu objetivo é reduzir o tempo de inatividade do software, facilitar a reversão de novas alterações e evitar interrupções no serviço.
O Método de “deploy” Verde/Azul usa dois ambientes de hardware configurados de forma idêntica. Um que atende ativamente os usuários e o outro ambiente definido como ocioso.
Novas atualizações podem ser enviadas para o ambiente ativo e monitoradas quanto a erros, com o ambiente inativo servindo como um backup para onde o tráfego pode ser roteado em caso de erros.
Monitore todo o processo continuamente
O monitoramento é um dos principais elementos do gerenciamento de desempenho de TI e é um dos aspectos mais importantes em um esforço de DevOps.
As ferramentas de monitoramento são essenciais e fornecem informações cruciais, que ajudam a garantir a robustez do serviço em termos de disponibilidade, segurança e desempenho.
Quais os KPIs mais importantes para o DevOps?
As práticas do DevOps, por si só, não garantem a qualidade e podem até causar mais problemas se não forem integradas corretamente. Para garantir que isso não aconteça, é importante acompanhar os indicadores de desempenho (KPIs).
As métricas corretas podem assegurar que os seus sistemas atinjam o máximo potencial.
Na verdade, projetar os KPIs mais importantes é mais sobre o que não medir e não o que pode ser medido. Assim, é importante ressaltarmos a necessidade de saber escolher os KPIs certos para a avaliação de resultados.
Não é porque algo pode ser mensurado que ele deva ser escolhido pelo seu negócio. Muitas vezes a análise de determinado KPI apenas vai consumir tempo das equipes de monitoramento e não trará os resultados necessários.
Por isso é fundamental definir o que realmente deve ser avaliado e focar apenas no que é necessário para seu negócio. A regra é clara: muitas vezes, menos é mais.
A gente te ajuda ao mostrar as principais métricas:
KPIs de Desenvolvimento
Lead Time
O lead time mede quanto tempo leva para que uma alteração ocorra. Essa métrica pode ser rastreada começando com o início da ideia e continuando com a implantação e produção, fornecendo informações valiosas sobre a eficiência de todo o processo de desenvolvimento.
Também indica a capacidade atual de atender às crescentes demandas da base de usuários. Os prazos longos sugerem gargalos prejudiciais, enquanto prazos curtos indicam que o feedback é tratado imediatamente.
Frequência de “Deployment”
Esse KPI indica com que frequência novos recursos ou capacidades são iniciados na sua Software House.
A frequência pode ser medida diariamente ou semanalmente. Muitas organizações preferem rastrear implantações diariamente, em especial, porque melhoram a eficiência.
KPIs de “Deployment”
Falhas nas Mudanças (Change Fail)
A Change Fail se refere à extensão em que as mudanças levam a interrupções inesperadas ou outras falhas não planejadas.
Uma baixa taxa de Falha nas Mudanças sugere que as implantações ocorrem rápida e regularmente. Por outro lado, uma alta taxa sugere baixa estabilidade das suas aplicações, o que pode levar a resultados negativos para o usuário final.
Tempo de Recuperação
Depois que as implantações ou alterações com falha são detectadas, quanto tempo leva para solucionar o problema e voltar ao caminho certo?
O Tempo de Recuperação indica a capacidade da sua equipe de responder adequadamente a problemas identificados. A detecção imediata significa pouco se não for seguida por um esforço de recuperação igualmente rápido.
Principais ferramentas para o DevOps
A integração entre Desenvolvimento e Operações traz uma nova perspectiva para o desenvolvimento de software. E pode ser um desafio saber qual ferramenta é melhor para sua equipe.
Reunimos esta lista para ajudá-lo a tomar as melhores decisões:
Programar
Python
Linguagem multifuncional em infraestrutura, a Python foi utilizada na criação do OpenStack e outros projetos de infraestrutura em nuvem.
Existem muitas opções oferecidas pelo Python para desenvolvimento web em estruturas, como Pyramid e Django.
Além disso, o Python é amplamente utilizado em computação científica e numérica com uma ampla variedade de casos de uso.
Criar “builds”
Gradle
A Apache Ant e a Maven dominaram o mercado de ferramentas de criação por muitos anos. Mas a Gradle apareceu em 2009 e sua popularidade tem crescido constantemente.
O Gradle é uma ferramenta versátil que permite escrever seu código em Java, C ++, Python ou outras linguagens. Inclusive o Google o escolheu como a ferramenta de criação oficial do Android Studio.
Enquanto Maven e Ant usam XML para configuração, o Gradle introduz uma DSL baseada em Groovy para descrever compilações.
A melhor parte do Gradle são as compilações incrementais, que economizam uma boa quantidade de tempo de compilação. Em resumo, o Gradle permite o envio mais rápido e oferece muitas possibilidades de configuração.
Testar
Jenkins
Servidor de integração contínua de código aberto, o Jenkins automatiza o ciclo de construção de um projeto de software.
O time da sua Software House pode usá-lo para testar e relatar alterações quase em tempo real. Ajudará a encontrar e resolver bugs no seu código rapidamente e automatizar os testes de sua compilação.
Versionamento (“Release”)
Se sua empresa usar o Git como sistema distribuído de código-fonte, usar um versionamento semântico (mais conhecido como SemVer) é importante.
Ele ajuda a contornar um problema de dependência que onde a versão pode se tornar impeditivo da continuação do projeto.
O Sem Ver ajuda, de uma maneira intuitiva, a entender a versão atual de um projeto e o que pode ser esperado ao ir de uma versão para outra.
“Deploy”
Docker
A Docker é a plataforma número um de contêineres. Também é considerada uma das ferramentas mais importantes do DevOps existentes.
Ela tornou popular a conteinerização no mundo da tecnologia, principalmente porque possibilita o deploy distribuído e automatiza a implantação de seus aplicativos. Isola aplicativos em contêineres separados, para se tornarem portáteis e mais seguros.
Operação
Gitlab
O GitLab permite DevOps simultâneos, sendo uma aplicação focado em operações, segurança e desenvolvimento de sistemas.
É capaz de realizar DevOps simultâneos, eliminando limitações. Oferece visibilidade, maior eficiência e governança.
Monitorar
Nagios
A Nagios é uma das ferramentas de monitoramento DevOps gratuitas e de código aberto mais populares. Permite monitorar sua infraestrutura para encontrar e corrigir problemas.
Com a Nagios seu time pode manter registros de eventos, interrupções e falhas, como também prever possíveis interrupções e erros.
Como adotar um modelo de DevOps
Para colocar o modelo DevOps em ação, basta seguir o passo a passo que compartilhamos acima.
Cuide da transformação cultural da organização, pois trata-se de um requisito essencial para que a mudança seja efetiva na empresa e todos os colaboradores embarquem no modelo DevOps.
Lembre-se que as inovações e integrações devem ser contínuas, com monitoração e testes frequentes para validar a assertividade ou comprovar a necessidade de correção daquilo que se desenvolve.
Você também pode combinar o DevOps com outras técnicas e metodologias, veja abaixo:
DevOps e Kubernetes
O Kubernetes, ou “k8s” para os mais chegados, é um sistema de orquestração de contêiners, ou seja, uma plataforma open source que permite automatizar as operações de containers Linux, eliminado grande quantidade dos processos manuais e possibilitando o gerenciamento fácil e eficiente dos clusters que executam contêiners Linux em nuvens públicas, privadas e híbridas.
O modelo DevOps cai como uma luva para o Kubernetes, proporcionando experiências ricas em desenvolvimento, entrega, integração e automação, além de oferecer a tecnologia necessária para o desenvolvimento nativo em nuvem aos profissionais de TI e demais colaboradores da equipe.
DevOps e Agile
Apesar de apresentarem conceitos distintos, o DevOps e o Agile não excluem um ao outro, sendo totalmente possível incorporar os aspectos relevantes de cada um deles em sua estratégia.
O DevOps representa a união, a colaboração, a interação e a integração de múltiplas equipes com foco no desenvolvimento mais eficiente e na entrega do software com mais qualidade, seguindo a filosofia de identificar tarefas que podem ser automatizadas para aprimorar e simplificar processos.
O Agile é direcionado unicamente para a equipe de desenvolvimento, visando aperfeiçoar a produtividade e o progresso do projeto. O foco cai sobre a organização do trabalho e a agilidade em identificar o que o usuário precisa e seus respectivos motivos.
Nesse cenário, não é preciso escolher entre DevOps ou Agile, as duas metodologias podem ser usadas em conjunto, assim, enquanto o DevOps vai cuidar da agilidade, qualidade e confiabilidade de todas as fases de desenvolvimento do software, o Agile, por meio de técnicas como Kanban, Scrum, dentre outras, vai organizar as tarefas e acompanhar a evolução do projeto.
Dessa forma, é possível acelerar a entrega de software de maneira eficiente, organizada e ágil.
DevSecOps
A denominação “DevSecOps” chegou para ressaltar a importância da segurança na metodologia DevOps. Trata-se de uma abordagem de segurança integrada, ou seja, vai muito além de uma simples camada de proteção. Significa integrar a segurança ao desenvolvimento de aplicativos do início ao fim.
Ao adotar essa metodologia, você deve convidar os integrantes da equipe de segurança para participar das iniciativas de DevOps e definir um plano de automação desde as primeiras etapas.
Para obter sucesso na estratégia DevSecOps é preciso estabelecer os limites de tolerância aos riscos, e na sequência, fazer a análise dos riscos e benefícios.
Questione-se sobre os controles de segurança que devem ser acionados para o desenvolvimento de um software específico e coloque o planejamento em ação.
Uma vez que as verificações de segurança manuais podem ser demoradas, faça um mapeamento das tarefas repetitivas que podem ser automatizadas, assim, ganhará tempo e aumentará a eficiência da equipe.
TecnoUpdate 2021
Quer ficar por dentro dos assuntos mais relevantes no universo das Software Houses? Então se liga na dica.
Convido você a participar da TecnoUpDate, um evento online e super especial dedicado para os profissionais do mercado de Software que vai acontecer no período de 30 de novembro à 3 de dezembro.
Serão 04 dias de imersão em conhecimentos e experiências de profissionais tops do mercado Dev, Sales, Exp e CEO.
No primeiro dia da imersão, 30 de novembro, teremos conteúdos técnicos, práticos e sem enrolação, dedicados especialmente aos desenvolvedores.
Contaremos com a ilustre presença de:
✔️Ana Beatriz Ducla
Desenvolvedora Front-end – Even3
✔️ Rodrigo Branas
Fundador – Agile Code
✔️Alvaro Camillo Neto
Desenvolvedor – Banco Santander
✔️ Vinicius Dacal Lopes
Desenvolvedor – BEN Group UK
✔️ Amanda Pinto
Head DevOps – DevOps Bootcamp
✔️ Gus Antoniassi
Production Support Engineer – iFood
Não fique de fora dessa! Venha participar do maior encontro de Software Houses, faça agora mesmo a sua inscrição e se prepare para muitos insights e aprendizados.
Te encontro por lá.
Conclusão
O DevOps deixou sua marca como uma opção para otimizar a entrega de software. O sucesso da metodologia depende de ferramentas e processos de software, mas, em última análise, trata-se de habilitar pessoas e cultura. Ficou com alguma dúvida? Comente aqui embaixo!